A.:R.:L.:S.: LUZ DE GAIA Nº 03
6.2. A\R\L\S\ LUZ DE GAIA nº03
6.2.1. Breve história
A\R\L\S\LUZ DE GAIA nº 03, teve sua fundação conforme Ata datada e traçada em 08 de novembro de 2010, à Rua Vereador Abílio Otávio do Canto, nº 169, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina, Brasil. Para este período transitório, consta na referida Ata a mesma foi presidida pelo Ven\ M\ Ir\ Luiz Jorge Nunez Sena e que os demais cargos foram preenchidos por maçons procedentes de antigas Lojas do Oriente de Itajaí e Balneário Camboriú.
Em conformidade com a Ata de Sessão Ordinária, datada e traçada aos 16 de fevereiro de 2011, naquele mesmo Oriente, a A\R\L\S\LUZ DE GAIA nº n º 03, fez sua primeira eleição para o período administrativo de 2011-2012, quando então foi eleita a Irmã Sonia Regina Machado, como Presidente, (Fig.48). Os demais cargos foram ocupados por Irmãos Mestres do Quadro. Na Sessão Magna de 28 de fevereiro de 2011, presidida pelo Ser\ Gr\ M\ José Carlos Machado, no endereço acima mencionado, a Venerável Mestre é Instalada.
Nesta mesma sessão a A\R\L\S\LUZ DE GAIA nº 03 recebe do Ser\ sua Carta Constitutiva e em 10 de março de 2011, toma posse a administração 2011/2012. Consta nos arquivos históricos da Grande Loja Unida de Santa Catarina que a A\R\L\S\LUZ DE GAIA nº 03, juntamente com a A\R\L\S\ PENDULUS no. 01 e A\R\L\S\ UNIVERSIA nº. 05 todas com sede no Oriente de Itajaí constituem o patrimônio histórico da GLUSC.
No registro da história desta Loja, outro passo importante para o seu fortalecimento, foi o Acordo de Geminação realizado com o GRANDE ORIENTE MAÇÔNICO DE PORTUGAL – G\ O\ M\ P\, através da sua R\ L\ PORTUS GRAALAE No. 09, (Fig. 49).
Firmaram este acordo a Ven\ M\ da A\ R \L\ S \LUZ DE GAIA Nº 03 Sônia Regina Machado e a Ven\ M\ Luís Macedo Milreu da R\ L\ PORTUS GRAALAE No. 09. Representando ambas as Potências, também integram o Acordo de Germinação os Ser\ Gr\ Mestres José Carlos Machado e José Antônio Domingues Serrão respectivamente. Este ato tão fundamental para o estreitamento de amizade e cooperação, foi realizado em Vale de Queluz, Portugal, em 3 de junho de 2011 da E\ V\ .
6.2.2. Origem do nome
Sob o Lema esotérico: “… E como uma Mãe a Loja acolhe todos os maçons do orbe”, o nome LUZ DE GAIA foi escolhido por seus obreiros, por entenderem que Gaia é a representação da Mãe da Humanidade , a Mãe Terra. Na mitologia grega Gaia, representa a deusa, que personificava a origem do mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao Caos, a Mãe primordial dos deuses e dos homens, era a energia criadora que dava a vida, que nutria e mantinha seus filhos. Era a doadora da vida que estruturou o Caos. Gaia começa onde as rochas da crosta terrestre encontram o magma, no interior da terra, e vai até os limites da atmosfera; está sempre a mudar, porém, no breve espaço de uma vida humana, mantém-se estática pelo tempo suficiente para se constatar e compreender sua beleza. Em Gaia permanece ativo o mundo caótico que antecedeu a vida; a informalidade da associação de seus ecossistemas e das espécies que a constituem, promovendo a sua longevidade e a sua força. A vida e o meio ambiente em Gaia interagem num processo evolutivo indivisível e único, que não se separam.
Seus obreiros entendem que Gaia está viva e como organismo vivo participa do Universo e que cada ser humano faz parte dela como se fosse uma célula diferenciada para exercer uma função específica. E essa grande capacidade primordial e latente de gerar, presente em Gaia é também presente em seus obreiros, fazendo com que tudo que caia no ventre fértil da Loja ganhe vida, e, como uma grande mãe gere novos e valorosos maçons capazes de enriquecer ainda mais a Ordem Maçônica. Seus obreiros, atentos com os agravos que os seres humanos têm causado à Gaia, orientam suas ações para que o planeta encontre o ponto de equilíbrio, iluminados pela Luz Divina que vem do Universo. Dessa forma resgatam um valor mitológico, histórico e religioso de tempos passados em que acreditar em uma Terra Viva em um Universo vivo era a mesma coisa.
Do ponto de vista científico, seus obreiros adotaram este nome, por entenderem que o Planeta Terra em relação ao Universo, é um super organismo vivo dotado de auto regulação, que foi maltratado por um de seus filhos o Homo sapiens. Por isso convidam todos os seres humanos do orbe a resgatar sua relação com a Mãe Natureza que existe entre nós. Essa visão holística do nome reflete a necessidade urgente de mudanças de paradigma se de implementação de ações que estão sob a responsabilidade individual de cada um de seus obreiros para com o planeta, a fim de cada um, fazendo sua parte, possa contribuir, para mantê-lo vivo e saudável para as gerações vindouras.
O nome ainda faz referência à poesia provençal dos séculos XI e XII, período em que o poder criativo do homem medieval foi testemunhado na edificação pela pedra de imponentes catedrais e pela palavra de um movimento poético com belos e sentidos cantares cuja temática predominante era o amor. Cantado em versos e trovas, os poetas usavam o livre espírito para escrever, criando um estilo leve, ameno e florido, onde “gayascienza ou gaisaber” (saber prazeroso, ciência prazerosa) que vem do antigo idioma provençal usado pelos trovadores da literatura medieval, era a habilidade técnica e o espírito livre que os poetas tinham que dominar para escrever os poemas. Este espírito livre é uma das principais características de seus obreiros, que impõe à loja a condição própria de uma visão holística universal, capaz de influenciar por seus raios luminosos a busca sempre da verdade de forma amena e florida.
6.2.3. Seu estandarte
O estandarte da A\R\L\S\LUZ DE GAIA nº 03, foi criado sob a inspiração do Grande Arquiteto do Universo por seus obreiros e desenhado pelo designer gráfico Luiz Henrique Molleri, quando do processo de fundação da mesma. É o símbolo que representa seus pensamentos, crenças, verdades e aspirações de seus obreiros, (Fig. 50).
Deve ser confeccionado em tecido de cetim na cor azul escuro. A medida total do tecido deve ter 110 cm de altura por 60 cm. Sua confecção obedeceu as Normas e Regulamentos Gerais da Grande Loja Unida de Santa Catarina, descritas no Estandarte da Potência sendo que a Loja reserva o direito de manter em local seguro e discreto, a descrição do tipo de fio utilizado para as bordaduras e respectivas cores, necessários para a sua confecção. Para sua exposição, as normas a serem seguidas são as mesmas descritas para o estandarte da Potência. Assim sendo, a descrição deste Estandarte tem caráter simbólico e ilustrativo.
Toda a simbologia do estandarte, deve estar inserida no tamanho de 90cm de altura por 60 cm de largura. Acima desta bordadura, uma faixa de tecidos de 20 cm de altura deve ser reservada para sua fixação na haste de madeira. Esta faixa deve estar vazada em quadrados de 15 cm aproximadamente por onde deve passar a haste horizontal.
A fim de facilitar sua descrição, a medida da altura, correspondente a 90 cm, é dividida em 6 partes de 15 cm cada. Assim, centralizado na parte superior do pano, correspondente a 1/6 está bordado o nome da A\R\L\S\LUZ DE GAIA nº 03, na cor amarelo, e na letra tipo “Times New Roman”, caixa alta, tamanho de 4cm. Na porção correspondente ao sexto inferior está a data de fundação também bordada em letra “Times New Roman” em caixa alta com tamanho de 2cm, abaixo desta data o nome da Potencia GLUSC, também bordado nas mesmas especificação porem no tamanho de 4 cm (Fig.51 e 52). O espaço remanescente, ou seja, os 60cm restantes é preenchido por um retângulo em posição vertical e centralizado, medindo 53 de comprimento por 62 de altura com uma bordadura de 1cm de largura, na cor amarela.
Partindo da base do retângulo, surge o pavimento quadriculado, de 4 cm de altura, em bordadura de quadrados preto e branco que medem 2 cm por 2 cm totalizando 25 quadrados (Fig. 53). O pavimento quadriculado infere aos obreiros da Loja, que é na grande diversidade de cores, etnias, religiões que se encontra a harmonia entre os diferentes povos e a Mãe Natureza. É a representação dos contrastes da Vida e da Unidade dentro da Diversidade. E é desse equilíbrio resultante da dualidade, que reina a harmonia entre seus obreiros. Ligado pelo mesmo cimento, esse pavimento simboliza também a união dos Maçons e a eterna batalha do Bem e do Mal que deve ser vencida.
É, portanto, a base necessária para dele originar a grande caminhada que o Maçom deve empreender na busca da Palavra Perdida, representada pela escada com balaustrada (Fig. 54), que nasce imponente do pavimento quadriculado. Dita escada possui um corrimão bordada na cor amarelo palha claro, sua base está sentada sobre o pavimento quadricular, mede 30 cm de largura e termina a 26 cm, sendo seu degraus bordados na cor marfim (Fig. 54).
De cada lado desta escada, encontram-se colunas “B e J”, que representam a Porta de Entrada para a senda maçônica (Fig. 55). Bordadas no centro dos 10 primeiros centímetros de cada lateral do retângulo amarelo, medem 38 cm de altura por 5 cm de base. As letras “B” e “J” estão bordadas no centro da coluna da direita e esquerda respectivamente, em dourado e na letra tipo “Times New Roman” em caixa alta, medindo 4 cm. As colunas devem ter as características arquitetônicas “corinto”. Para seus obreiros, essas colunas estão preenchidas pelo cimento de suas ações, o que dá sustentabilidade e beleza a esta busca, e são, portanto, o sustentáculo e a segurança dos irmãos na construção da boa obra em sua caminhada. Marcam ainda, a passagem para a entrada ao nosso templo interior.
A 6,5 cm da bordadura superior amarela do retângulo, está bordado o Globo Terrestre no espaço celeste, o qual deve medir 18,5 cm de diâmetro. Este globo deve ser posicionado de tal forma que seja visto em primeiro plano os continentes americanos, (Fig. 56).
Para a composição deste painel a foto do Globo Terrestre, vista do espaço, é procedente de site de domínio público, podendo portanto ser copiada e reproduzida livremente. Ao redor do globo um halo resplandecente de luz está bordado em fios brancos, roxos e azuis. Este Globo Terrestre fecha o símbolo maior do Estandarte: o Planeta Terra ou Gaia e assim representa a grande capacidade primordial e latente de gerar, presente não só em Gaia, mas também presente em seus obreiros.