A.:R.:L.:S.: PENDULUS Nº 01
6.1. A\R\L\S\ PENDULUS Nº 01
6.1.1. Breve histórico
A A\R\L\S\ PENDULUS Nº 01 teve sua fundação conforme Ata datada e traçada em 08 de novembro de 2010, à Rua Vereador Abílio Otávio do Canto, nº 169, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina, Brasil. Para este período transitório, teve como Ven\ M\ o Ir\ Jose Everton da Silva, sendo que, os demais cargos foram preenchidos por homens e mulheres maçons procedentes de antigas Lojas do Oriente de Itajaí e Balneário Comburiu.
Em conformidade com a Ata de Sessão Ordinária, datada e traçada aos 21 de fevereiro de 2011, naquele mesmo Oriente, a A\R\L\S\PENDULUS Nº 01 fez sua primeira eleição para o período administrativo de 2011-2012, elegendo a Irmã Nilse Colla Prando, como Presidente, (Fig. 37). Os demais cargos foram ocupados por Irmãos Mestres do Quadro. Na Sessão Magna de 28 de fevereiro de 2011, presidida pelo Ser\ Gr\ M\ José Carlos Machado, no endereço acima mencionado, a Venerável Mestre é Instalada.
Nesta mesma sessão a A\R\L\S\ PENDULUS Nº 01, recebe do Ser\ sua Carta Constitutiva GRANDE LOJA UNIDA DE DE SANTA CATARINA e em 10 de março de 2011, toma posse a administração 2011/2012. Consta nos arquivos históricos da G\ L\ U\ S\ C\, que a A\R\L\S\ PENDULUS Nº 01, juntamente com a A\R\L\S\ LUZ DE GAIA Nº 03 e A\R\L\S\ UNIVERSIA Nº 05, todas com sede no Oriente de Itajaí, constituem o patrimônio histórico da G\ L\ U\ S\ C\.
Fazendo parte de sua história, há que se registrar o primeiro Acordo de Geminação entre a A\R\L\S\PENDULUS Nº 01 e a R\ L\ CAMELOT Nº.2, do GRANDE ORIENTE MAÇÔNICO DE PORTUGAL – G\ O\ M\ P\ . Este Acordo foi firmado 3 de junho de 2011 da E\ V\ em Vale de Queluz, Portugal. Nesta oportunidade as Potências se fizeram representar pelo Ser\ Gr\ M\ José Antônio Domingues Serrão do G\ O\ M\ P\ e pelo Ser\ Gr\ M\ José Carlos Machado da G\L\U\S\C\. Firmaram este acordo a Ven\ M\ Ana Cristina Serrão e Ven\M\Nilse Carolina Colla Prando, respectivamente, (Fig. 38).
6.1.2. Origem do nome
A fim de homenagear o Maçom José Barbosa Machado (in memorian), por seus 50 anos de vida maçônica, completados em 11de setembro de 2006, os Obreiros nominaram a Loja como A\R\L\S\ PENDULUS No. 01, (Fig.39).
Irmão Machado como era conhecido, exercia na vida profana a profissão de relojoeiro. Natural de Florianópolis, foi casado com Maria Onélia Stringari Machado, com a qual teve dois filhos, José Carlos Machado e Maurício Machado, estabeleceu sua residência no oriente de Itajaí, onde seu desempenho profissional, sua postura ética, seu amor à família e participação na comunidade não passaram despercebidos pela Ordem Maçônica e em 15 de setembro de 1956 da E\ V\, foi iniciado na primeira Loja Maçônica de Itajaí, a A\R\L\S\ Acácia Itajaiense Nº 1, pertencente a GRANDE LOJA DE SANTA CATARINA, sendo elevado em 12 de fevereiro de 1957 e exaltado em 10 de dezembro de 1957. Pertenceu e frequentou esta Loja até o final de sua vida.
Homem de fino trato, cortês e com uma conduta ilibada, era sincero e prudente, inimigo do engodo, da discórdia e da injustiça. Em suas atitudes, que se caracterizavam pela inocência do espírito, a presença de um sorriso era constante, pois acreditava que a essência do ser humano é boa por natureza. Disso resultava na experimentação prática do respeito e da dignidade por aquele que o ouvia. A solidariedade frente aos mais necessitados era outra característica. Apoiou e amparou irmãos nas mais diferentes situações de necessidades, destacando-se na solidariedade prestada à Família do Ir\ Odorico Cunha, durante o longo período de convalescência pelo qual passou. Acreditava que o material era só um meio de obter a boa sobrevivência, pois tinha no trabalho, sua máxima realização, honrando-o até o final de seus dias.
Em seus 50 anos devida Maçônica, ocupou vários cargos na Loja e na Potência, assumiu garbosamente a função de Grande Mestre de Cerimônias. Pelo legado de saber e experiência deixados foi à águia de sua Loja e a forte coluna, capaz de auxiliar sua sustentação naqueles momentos mais difíceis da sua trajetória. Por este legado, foi agraciado inúmeras vezes, como inúmeras tentativas de agradecimento, por aqueles que tiveram a honra de com ele conviver. Assim recebeu o Diploma de Honra ao Mérito quando Venerável Mestre da Loja; a Comenda Nivaldo Detoe; a Medalha de Mérito pelos vinte anos no quadro da Loja; o Diploma Eduardo Teixeira, pelos vinte anos de Maçonaria; a Medalha de vinte e cinco anos, oferecida pela Grande Loja de Santa Catarina; a Medalha de Mérito Maçônico pelo 40 anos de vida maçônica; a Medalha Cinquentenária pelos 50 anos na Grande Loja de Santa Catarina; e Medalha 50 anos de vida maçônica, ofertada pela Loja Acácia Itajaiense; e Placa de Prata pelos 50 anos de vida maçônica , agraciada em Sessão comemorativa também Loja Acácia Itajaiense em 11 de setembro de 2006,(Fig. 40).
Ao Irmão Machado, que enfrentou com cordialidade os desafios do viver, mostrando sempre segurança emocional, que perdoou ainda com misericórdia àqueles que se consideravam seus inimigos e desafetos. Ao Irmão que não condenou ninguém, que viveu em paz na construção de seu próprio tempo, em perfeitos movimentos pendulares e que partiu em 27 de junho de 2008 da E\ V\ para o oriente eterno, os obreiros desta Loja deixam registrados os sinceros agradecimentos pelo exemplo deixado.
6.1.3. Seu estandarte
O estandarte da A\R\L\S\PENDULUS No. 01 – Foi criado por seus obreiros e desenhado pelo designer gráfico Luiz Henrique Molleri, quando do processo de fundação da mesma, como símbolo representativo de suas aspirações enquanto maçons. Sua confecção, atende as Normas e Regulamentos Gerais da Grande Loja Unida de Santa Catarina, descritas no Estandarte da Potência sendo que a Loja reserva o direito de manter em local seguro e discreto, a descrição do tipo de fio utilizado para as bordaduras e respectivas cores, necessários para a sua confecção. O pano de fundo deve ser em tecido de cetim na cor azul. A medida total do tecido deve ter 110 cm de altura por 60 cm. Para sua exposição, as normas a serem seguidas são as mesmas descritas para o estandarte da Potência. Assim sendo, a descrição deste Estandarte tem caráter simbólico e ilustrativo, (Fig. 41).
Toda a simbologia do estandarte, deve estar inserida no tamanho de 90cm de altura por 60cm de largura. Acima desta bordadura, uma faixa de tecidos de 20 cm de altura deve ser reservada para sua fixação na haste de madeira. Esta faixa deve estar vazada em quadrados de 15 cm aproximadamente por onde deve passar a haste horizontal.
A fim de facilitar sua descrição, a medida da altura, correspondente a 90 cm, é dividida em 6 partes de 15 cm cada. Assim, centralizado na parte superior do pano, correspondente a 1/6 está bordado o nome da A\R\L\S\ PENDULUS No 01, na cor amarelo, e na letra tipo “Times New Roman”, caixa alta, tamanho de 3 cm para as letras A, R, L, S e 5 cm para o restante do nome (Fig.42). Na porção correspondente ao sexto inferior está a data de fundação e o nome da Potencia ambém bordada em letra “Times New Roman” em caixa alta com tamanho de 2,5 cm, para a data da fundação e 5,0 cm para a GLUSC (Fig. 43). O espaço restante, ou seja os 60 cm restantes deve ser preenchido por um retângulo em posição vertical e centralizado, medindo 53 cm de comprimento por 62 cm de altura com uma bordadura em seu contorno de 01cm de largura, na cor amarela. É dentro deste retângulo que deverão ser bordados os demais símbolos.
A partir da bordadura inferior do retângulo amarelo, 4 fileiras de quadrados, (Fig. 44) contendo cada uma, 13 quadrados de 4cm por 4cm devem ser bordados, nas cores branco e preto. É a representação do quadriculado, que infere aos obreiros da Loja, que é na grande diversidade de cores, etnias, religiões que se encontra a harmonia entre os diferentes povos e a Mãe Natureza. É a representação dos contrastes da Vida e da Unidade dentro da Diversidade. E é desse equilíbrio resultante da dualidade, que reina a harmonia entre seus obreiros. Ligado pelo mesmo cimento, esse pavimento simboliza também a união dos Maçons e a eterna batalha do Bem e do Mal que deve ser vencida. É portanto, a base necessária para dele originar a grande caminhada que o Maçom deve empreender na busca da Palavra Perdida, representada pela escada com balaustrada, que nasce imponente do pavimento quadriculado. Dita escada possui um corrimão bordada na cor amarelo palha, sua base está sentada sobre o pavimento quadricular, mede 30 cm de largura e termina a 26cm, sendo seu degraus bordados na cor marfim (Fig 45).
De cada lado desta escada, partindo do segundo degrau e centralizado no espaço entre a linha lateral amarela e a escada, devem ser bordadas nos tons cinza a preto, duas colunas da ordem arquitetônica “corinto”, medindo 40 cm de altura por 5 cm de base. Paras seus obreiros, estas colunas representam a Porta de Entrada para a senda maçônica. Preenchidas pelo cimento de suas ações, dão sustentabilidade e beleza a esta busca, e são portanto, o sustentáculo e a segurança dos irmãos na construção da boa obra em sua caminhada. Marcam ainda, a passagem para a entrada ao nosso templo interior.
No centro da cada coluna deverá ser bordado as letras “B” e “J” para a coluna da esquerda e direita respectivamente, em letra tipo “arial” caixa alta, medindo 6 cm. Essas letras presentes nas colunas lembram constantemente aos seus Obreiros a necessidade de sempre utilizar a beleza e a força, como virtudes constantes em qualquer empreendimento, (Fig. 46).
Imediatamente no topo da escada, uma bordadura da figura de um Compasso e Esquadro, devem ser feitas no tamanho aproximado de 18 cm e 15 cm de comprimento respectivamente, (Fig.47). Este dois símbolos representam para os obreiros da Loja, a medida justa que deve presidir todas as nossas ações, as quais não podem se afastar da Justiça e da Retidão, que regem todos os atos dos verdadeiros Maçons. O Esquadro é o emblema da Sabedoria, que permite cortar pedras em perfeitos ângulos retos para se ajustarem entre si, da mesma maneira que a solidariedade humana se apoia na justiça e perfeição com que indivíduo se coloca na sociedade. O compasso, cujo raio se mede pelo afastamento de suas pernas, indica que nossos meios de realização, são limitados e que devemos respeitar as regras de ouro do Esquadro, ou seja, a Lei e a Ordem, quando o Maçom está a serviço da Justiça.
Partindo do ponto de união do Compasso, deve ser feito uma bordadura em fio dourado, representando uma corrente pendente com aproximadamente 8 cm de comprimento. Pendurada à ela, deve estar bordado também em dourado, a letra G no tipo “Times New Roman”, no tamanho de 4cm. Esta corrente lembra aos obreiros da Loja, a ação do pêndulo que apoiado num ponto fixo, é capaz de promover movimentos oscilatórios de vaivém, cuja força e frequência a ele aplicadas determinarão a morte e o nascimento de um novo ciclo em acordo com a Mãe Natureza. Indica a necessidade de afastamento do ponto de vista para analisá-lo, para provocar mudanças de melhorias, mas sem perder a estabilidade que o ponto fixo produz. Na posição central, chamada de equilíbrio, remete-nos ao equilíbrio observado em todos os movimentos de vaivém que a Natureza Mãe apresenta. A periodicidade de seu movimento, que é o intervalo de tempo que o objeto leva para percorrer toda a sua trajetória (ou seja, retornar à sua posição original de lançamento),leva ao nascimento de outra grandeza, a frequência que junto com a força, colocada para induzir seu movimento, promove o término e nascimento de um novo ciclo de acordo com as Leis Herméticas. Assim, os ciclos se completam e se renovam. O pêndulo é a representação máxima para a nova caminhada, (Fig. 47).
Já a letra G, é a representação da Geometria, da Geração, da Gravidade, da Gnose e do Gênio. Da Geometria porque esta lembra a perfeição da geometria humana, obra da Natureza. Da Geração porque geramos seres à nossa imagem e semelhança, que nos identifica com o maior enigma da vida. Da gravidade, pois nos recorda a atração universal dos corpos e o princípio vital de ordem, harmonia e estabilidade por meio da qual une a todos os Maçons do Universo. Da Gnose, que leva-nos a um nível comum de entendimento sobre as verdadeiras Leis do Universo e da Vida. Do Gênio que reina sobre os 4 elementos – a quinta essência – que permite ao homem criar obras capazes de transformar a sociedade humana e a matéria. Ou seja, G representa o Princípio Criador dos Mundos, (Fig. 47).
O céu como plano de fundo representa o Universo e a Luz que resplandece, é a representação do encontro do maçom ao terminar sua escalada com o Senhor dos Mundos, mostrando que nada tem início ou fim.